Os primeiros trabalhos do III Congresso da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lesbicas, Travestis e Transexuais) começaram na última sexta-feira (17/04). No sábado, foi decidido o regimento do congresso, os cargos em disputa (aqueles vacantes, já noticiados aqui) e a filiação e desfiliação de novas Ongs. É nesse momento que os grupos do Brasil inteiro podem trocar experiências que deram certo e fazer analise de erros de atuação.
Com as pessoas entrosadas e experiências trocadas aconteceu na noite de sábado a abertura oficial do congresso. Havia uma grande expectativa quanto a possibilidade da presença da governadora do Estado do Pará, Ana Julia Carepa (PT), mas, em seu lugar veio Gilson Moura, secretário de cultura. A ausência da estrela vermelha de Ana Julia foi ofuscada pela sua colega de trabalho Iracy de Almeida Gallo, a secretária de educação do Pará, a primeira a assinar portaria que obriga as escolas públicas a utilizarem o nome social das travestis na matricula. Publicada em 2008, a portaria entrou em vigor no início de 2009.
Ao ser chamada para compor a mesa de abertura, Iraci foi aplaudida por cinco minutos seguidos. Travestis e transexuais gritavam agradecimentos à secretária e entoaram um grito de guerra ("Atrás de um silicone também bate um coração"). Para deixar Gallo mais emocionada os presentes fizeram ecoar um grito de "abaixo a homofobia". Em sua fala e ainda muito emocionada a secretaria disse que a portaria "não foi um presente, mas um direito conquistado". "Sem cidadania não se faz democracia, é fundamental que essa discussão se inicie na escola", declarou a secretária, sob fortes aplausos.
Outra pessoa que protagonizou um grande momento da abertura foi o diretor adjunto do Programa Nacional de DST/AIDS, Eduardo Barbosa ao dizer que a falta de comunicação pode ser um dos principais problemas no combate ao HIV. "Talvez se na minha época eu tivesse informação não teria me tornado um soropositivo", afirmou. Claudio Nascimento, do Grupo Arco Íris interrompeu e disse em voz alta que "tem que ser muito corajoso para dizer isso (assumir-se soropositivo)". Barbosa reforçou que "ainda hoje é muito difícil falar sobre isso".
Com certeza foi a noite dos momentos fortes. Toni Reis, presidente da ABGLT, prestou homenagem a Paulo Biagi, coordenador do programa Brasil Sem Homofobia, morto há uma semanas em acidente de carro. "Ao dizer o nome de Paulo, quero todos gritem 'presente!'", pediu Toni Reis. "Paulo Biaggi?", disse Toni. "Presente!" gritaram todos. Foi emocionante. Toni ressaltou que uma das principais luta do movimento é garantir o Estado laico e combater os fundamentalistas e lembrou que todas as derrotas políticas da comunidade LGBT nas assembleias, câmaras e senados tiveram argumentos "homofobicos e religiosos" como base. Por fim, leu a canção "We are the champions" para dizer a todos que estavam presentes que são vitoriosos. "A gente não desiste e continua lutando. Esse congresso é uma vitoria", finalizou.
Participaram também da mesa a vice-presidente transexual da ABGLT, Lili Anderson; a vice-presidente lésbica, Yone Lindgren; Eduardo Costa, da Advocacia Geral da União; Perly Cipriano, da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH); Ricardo Almeida, representando o Ministério da Cultura; Arnaldo Jordi representando a Assembleia Legislativa de Belém; Leila Márcia, da secretária de Justiça do Estado do Pará e Beto Paes, um dos organizadores do evento.
Com as pessoas entrosadas e experiências trocadas aconteceu na noite de sábado a abertura oficial do congresso. Havia uma grande expectativa quanto a possibilidade da presença da governadora do Estado do Pará, Ana Julia Carepa (PT), mas, em seu lugar veio Gilson Moura, secretário de cultura. A ausência da estrela vermelha de Ana Julia foi ofuscada pela sua colega de trabalho Iracy de Almeida Gallo, a secretária de educação do Pará, a primeira a assinar portaria que obriga as escolas públicas a utilizarem o nome social das travestis na matricula. Publicada em 2008, a portaria entrou em vigor no início de 2009.
Ao ser chamada para compor a mesa de abertura, Iraci foi aplaudida por cinco minutos seguidos. Travestis e transexuais gritavam agradecimentos à secretária e entoaram um grito de guerra ("Atrás de um silicone também bate um coração"). Para deixar Gallo mais emocionada os presentes fizeram ecoar um grito de "abaixo a homofobia". Em sua fala e ainda muito emocionada a secretaria disse que a portaria "não foi um presente, mas um direito conquistado". "Sem cidadania não se faz democracia, é fundamental que essa discussão se inicie na escola", declarou a secretária, sob fortes aplausos.
Outra pessoa que protagonizou um grande momento da abertura foi o diretor adjunto do Programa Nacional de DST/AIDS, Eduardo Barbosa ao dizer que a falta de comunicação pode ser um dos principais problemas no combate ao HIV. "Talvez se na minha época eu tivesse informação não teria me tornado um soropositivo", afirmou. Claudio Nascimento, do Grupo Arco Íris interrompeu e disse em voz alta que "tem que ser muito corajoso para dizer isso (assumir-se soropositivo)". Barbosa reforçou que "ainda hoje é muito difícil falar sobre isso".
Com certeza foi a noite dos momentos fortes. Toni Reis, presidente da ABGLT, prestou homenagem a Paulo Biagi, coordenador do programa Brasil Sem Homofobia, morto há uma semanas em acidente de carro. "Ao dizer o nome de Paulo, quero todos gritem 'presente!'", pediu Toni Reis. "Paulo Biaggi?", disse Toni. "Presente!" gritaram todos. Foi emocionante. Toni ressaltou que uma das principais luta do movimento é garantir o Estado laico e combater os fundamentalistas e lembrou que todas as derrotas políticas da comunidade LGBT nas assembleias, câmaras e senados tiveram argumentos "homofobicos e religiosos" como base. Por fim, leu a canção "We are the champions" para dizer a todos que estavam presentes que são vitoriosos. "A gente não desiste e continua lutando. Esse congresso é uma vitoria", finalizou.
Participaram também da mesa a vice-presidente transexual da ABGLT, Lili Anderson; a vice-presidente lésbica, Yone Lindgren; Eduardo Costa, da Advocacia Geral da União; Perly Cipriano, da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH); Ricardo Almeida, representando o Ministério da Cultura; Arnaldo Jordi representando a Assembleia Legislativa de Belém; Leila Márcia, da secretária de Justiça do Estado do Pará e Beto Paes, um dos organizadores do evento.
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