sexta-feira, 1 de outubro de 2010

EUA usaram humanos como cobaias na Guatemala


Quem duvida que durante muitos anos o poder imperial dos Estados Unidos sobre os países latino-americanos e, especialmente, as Bananas Republics foi monstruoso, que leia a notícia que está estampada hoje na imprensa de todo o mundo. 65 anos atrás o governo norte-americano, para desenvolver novas formas de penicilina, infectou deliberadamente 696 cidadãos da Guatemala com sífilis e gonorréia, com o objetivo de testar antibióticos.
O monstruoso programa científico, de fazer inveja ao nazista Mengele, foi executado com suporte do exército americano e utilizou como cobaias pessoas que cumpriam pena naquele país.
Em comunicado especial, as secretárias de Estado e Saúde dos EUA, Hillary Clinton e Kathleen Sebelius, assumiram a culpa do país pela experiência e pediram desculpas à Guatemala. O presidente daquele país, Álvaro Colón (foto) , acusou o governo americano de crime contra a humanidade. E olhem que não foi a primeira vez que os Estados Unidos tiveram que reconhecer a prática deste tipo de crime.
No governo Clinton, os EUA já tinham admitido ter feito testes com prisioneiros negros no próprio território americano, quando eles eram divididos em grupos que recebiam ou não recebiam antibióticos para analisar os efeitos do tratamento.
A Casa Branca disse que Barack Obama pedirá pessoalmente desculpas ao presidente guatemalteco.
É triste , porém, vermos que atrocidades que só pensávamos ter ocorrido sob a brutalidade nazista foram praticadas também por aqueles que se proclamam “campeões da liberdade” e “líderes do mundo livre”.

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