quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Dossiê Seminário Nacional da UJS


 A UJS realizou nesta ultima semana o seminário nacional de preparação ao 17° congresso da entidade, a militância de São Paulo compareceu em peso e registrou algumas impressões que serão relatadas no Nossa Cara .O primeiro dessa série de relatos é de Diego Nogueira Presidente da UJS de Osasco que comentou a mesa formada por Andrés Alvarez (JUCO / Colômbia), Germam Choves (FEDE / Argentina) e José Reinaldo, Secretário de Comunicação do PC do B,  com o tema: A América latina e sua Luta pelo Socialismo



Lutas na América Latina

Após os horrores sofridos pela ditadura militar na América Latina, caímos logo na década de noventa e a implementação de uma nova economia em paralelo com a crise do capital, a America Latina tornou-se o laboratório para que o capitalismo pudesse fortalecer novamente seu modo econômico, o consenso de Washington implementado na década de noventa, nos tristes anos que nós não queremos ver nunca mais de Fernando Henrique Cardoso, de Menem ou de Fujimori, foi um total retrocesso aos direitos dos trabalhadores, podemos analisar em três pilares básicos do direito ao trabalho que são: contratação, jornada e remuneração, no Brasil Fernando Henrique desmontou todos os direitos trabalhistas, Menem fez o mesmo na Argentina, Fujimori fez o mesmo no Peru, ocorreu o mesmo no México, foi um grande processo de desmonte do trabalho, um processo de crescimento de desemprego, processo de entrega de riqueza, desnacionalização, e desestatização ou seja, entreguismo ao capital financeiro. Nesse último período na América Latina tivemos grande enfrentamento contra o capital, um grande sentimento de mudança. O Neoliberalismo não se aplicou na África, na Ásia, apenas no leste Europeu pós URSS e América Latina. E Iludiu muita gente, basta lembrar que Menem foi eleito e reeleito no primeiro turno, FHC foi eleito e reeleito em primeiro turno, Fugimori foi eleito reeleito e tri-eleito em primeiro turno, as ideias neo liberais conseguiram se apresentar como alternativa. Mas essa mesma América Latina que serviu de laboratório para esse modelo regressivo e destrutivo percebe que esse sistema de economia nada tinha a oferecer, o massacre da juventude, dos trabalhadores e do regresso e abandono das classes desfavorecidas foram perceptivas na realidade, portanto na centralidade da questão eleitoral, por meio das eleições, a America Latina mostrou o exemplo na luta, contra o projeto hegemônico capitalista, a América Latina tornou-se um exemplo no mundo na luta contra as imposições imperialista, é o exemplo na luta contra os projetos da barbárie capitalista. Através das eleições tivemos um militar rebelde no poder, um operário metalúrgico grevista com a língua presa retirante nordestino, ser eleito e reeleito Presidente do Brasil, ter um índio camponês cocaleiro, presidente da Bolívia, um guerrilheiro que já tinha estado no poder e tinha sido derrubado pelos E.U.A ser eleito na Nicarágua, um teólogo da libertação ser eleito no Paraguay, um comunista heterodoxo ser eleito presidente no Equador, um peronista de esquerda ser presidenta da Argentina, Nestor Cristina Kirchner, ou seja a America Latina é luz para o mundo, a America Latina mostra que é possível a luta anti-imperialista, pelo voto, pela urna. Nesses últimos dez anos temos muitos o que comemorar, hoje temos governos que começam a garantir direitos, como no Brasil a melhora das condições dos brasileiros, como os programas sociais, programas de acesso as universidades, auxílio para setores totalmente excluídos historicamente no país, relações mais democráticas e hoje também temos soberania nacional, não somos subservientes aos E.U.A como na época entreguista de Fernando Henrique, America Latina percebeu que a integração Latina Americana era necessária, criou-se o sentimento de pertencimento Latino Americano, e com isso o foco da política macro econômica mudou, as integrações Latinas econômicas como Unasul, Selac e Aliança Bolivariana para as Américas, com acordos sem nenhuma participação ou interferência imperialista. Como carro chefe, a Venezuela com grandes reformas impulsiona os avanços necessários e constitucionais na base do plebiscito, a vanguarda do avanço socialista na América Latina e a maior vítima das pressões do imperialismo. Mas ainda estamos no processo de mudança, o capital não fica parado e não entrega, tivemos retrocessos em Honduras, no Paraguai um duro golpe, na última eleição na Venezuela foi de grande repercussão pela não aceitação da nova derrota reacionária. No Brasil temos peculiaridades, geograficamente somos de proporções continentais, nossos avanços são menores, mas são conquistas importantes, pois nossa realidade é outra, aqui nós chegamos ao governo, mas não chegamos ao poder, como no Judiciário, Mídia e Parlamento continuam nas mãos dos conservadores reacionários entreguistas. É um momento de muita reflexão para a juventude, nós avançamos muito, mas há limitações e o processo de acumulação de forças Latinos Americanas rumo ao socialismo para progressos reais é indiscutivelmente necessário, aprendemos com a América que a revolução ideológica é a melhor maneira de chegarmos ao socialismo que sonhamos.



* Diego Nogueira é Professor de História e Presidente da UJS de Osasco

2 comentários:

Marcos disse...

que texto horrível, aposto que esse "professor" se formou na uninove.

Vitória disse...

Hahahaha pra dizer que esse texto é horrível você deve ser no mínimo um puto de um ignorante politicamente. Vamos estudar um pouquinho, marcos?