Um poema do poeta-revolucionário Bertold Brecht sobre a coragem dos versos em mãos da tirania.
Queima de livros
Quando o Regime ordenou que queimassem em público os livros de saber nocivo, e por toda a parte os bois foram forçados a puxar carroças carregadas de livros para a fogueira, um poeta expulso, um dos melhores, ao estudar a lista dos queimados, descobriu, horrorizado, que os seus livros tinham sido esquecidos. Correu para a secretária alado de cólera e escreveu uma carta aos do Poder.Queima-me! escreveu com pena veloz, queima-me!Não me façais isso! Não me deixes de fora! Não disse eu sempre a verdade nos meus livros? E agora tratais-me como um mentiroso! Ordeno-vos:Queimai-me!
Poemas e Canções Seleção e Versão em português de Paulo Quintela Livraria Almedina Coimbra 1975
Queima de livros
Quando o Regime ordenou que queimassem em público os livros de saber nocivo, e por toda a parte os bois foram forçados a puxar carroças carregadas de livros para a fogueira, um poeta expulso, um dos melhores, ao estudar a lista dos queimados, descobriu, horrorizado, que os seus livros tinham sido esquecidos. Correu para a secretária alado de cólera e escreveu uma carta aos do Poder.Queima-me! escreveu com pena veloz, queima-me!Não me façais isso! Não me deixes de fora! Não disse eu sempre a verdade nos meus livros? E agora tratais-me como um mentiroso! Ordeno-vos:Queimai-me!
Poemas e Canções Seleção e Versão em português de Paulo Quintela Livraria Almedina Coimbra 1975
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