segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

CONFERÊNCIA DA CAPITAL - UM PASSO


A juventude de capital de São Paulo se reuniu neste sábado para discutir problemas e tentar encontrar soluções para transformar a dura realidade em que vivem.

Cerca de 500 jovens, das diversas partes da gigante capital paulista, chegaram por volta das 8:00 horas da matina nas dependências da Universidade Ibirapuera.
Escolheram uma entre as doze temáticas propostas, pegaram uma ficha e foram apanhar um saquinho com pão, suco e uma maçã, além de dois chocolates.
Por volta das 9:00 horas o pomposo mestre de cerimônias, contratado pela organização do evento, convocou todos e todas para iniciar a abertura dos trabalhos.
Um por um;o pomposo “MC” foi chamando e montando a mesa de abertura, representantes da administração municipal, estadual e federal, um membro do conselho nacional de juventude e o presidente da UPES, representando o conselho estadual de juventude.
Vale ressaltar a fala de Gustavo Petta, representante do Conselho Nacional, que levantou o público: “Avançamos em âmbito nacional, aos poucos vamos mostrando para a sociedade que a juventude tem muita vontade de ajudar o Brasil a ser melhor, no entanto permanece, ainda com força, uma visão de que a juventude é problema, e que a solução é o Estado se apresentar na forma de camburão e cacetete”.
Após a abertura oficial, o coordenador municipal de juventude, Rafael Parra, iniciou a leitura do regimento da conferência, os participantes opinaram e por aclamação foi votado o conjunto da proposta.
A instalação dos grupos temáticos foi rápida, cada qual se deslocou para seu grupo, que tinha monitores responsáveis, indicados pela organização do evento.
Os grupos deveriam listar sete problemas e apontar 32 soluções, eleger dezessete delegados à conferência estadual e fazer três indicações para que o plenário aprovasse o representante da sociedade civil à conferencia nacional.
Os debates foram intensos, o teto para finalizar os processos nos grupos era 16:00 horas, todos se estenderam, ou seja, todo mundo quis registrar sua opinião.
Na volta ao plenário, foi de imediato procedida à leitura dos relatórios dos grupos, uma a uma foram lidas as propostas de um dia inteiro de trabalho.
Lidas as propostas passou-se ao regime de eleição do representante à conferência nacional. Os candidatos foram chamados para frente do palco, pegavam as urnas com seus respectivos nomes e grupos, subiram ao palco segurando, esperançosos, a urna.
Lado a lado os candidatos foram recebendo os votos, quando caiu o último voto a comissão eleitoral preparou-se para a contagem.
Contados os votos, foi eleita representante da sociedade civil a estudante e presidente da UMES/SP, Michelle Bressan.
Essa conferência foi um passo significativo, demonstra que a juventude paulistana tem muito que dizer, e diz com uma qualidade inquieta que cala qualquer opinião conservadora, que vive proclamando aos quatro ventos que essa geração é passiva diante da realidade.
Demos uma demonstração de que ser jovem hoje em dia na capital é muito difícil, mas que vale a pena tentar mudar as coisas; recuperar nossa noite roubada pelo tal psiu, fazer nossas passeatas na Paulista, andar tranquilamente sem ter preocupação com a violência, seja marginal ou policial.
Os frutos serão colhidos e os dividendos serão cobrados, a juventude participou da conferência por que, mesmo inconsciente, sabe que enquanto o presente for de luta, o futuro nos pertence.

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