Por Karen Castelli
Após 02 anos de pressão dos grandes empresários de mineração e energia hidrelétricas os quais alegam que as cavernas “atrapalham” a implantação de suas obras foi assinado nessa segunda-feira dia 10/11/2008 um decreto federal autorizando a destruição de cavernas, as quais até então eram patrimônios nacionais de valor inestimável.
Por esse decreto as cavernas serão classificadas por grau de relevância, porém, não se sabe ainda quais critérios serão estabelecidos para determinar essa relevância e mais não se sabe ao certo por quais interesses esse projeto passou em tempo recorde pela aprovação da câmara sem ao menos serem ouvidos os setores da sociedade, a qual elaborou um abaixo assinado com mais de 2500 assinaturas contrarias a implantação do projeto.
O patrimônio espeleológico brasileiro nunca foi estudado de forma concreta e continuada, agora por pressão financeira será destruído deliberadamente sem levar em condição o grau de necessidade da obra a ser estabelecida.
Não seremos Xiitas a ponto de acreditar que o país pode se desenvolver sem nenhum impacto ao ambiente, contudo o impacto tem que ser equivalente ao valor da obra principalmente quando se fala em bens naturais de valores inestimáveis onde sua relevância não pode nem mesmo ser mensurada sem um grande esforço governamental para a promoção de pesquisas.
Então alega-se que a sociedade faz tempestade demais, sendo que será sim realizado um estudo para mensurar o tamanho do impacto do empreendimento e o grau de importância da área a ser explorada, no entanto esquecem de colocar que esse estudo será realizado pelo empreendedor.
Deste modo chegamos em um outro ponto os órgãos ambientais, os quais no Brasil não estão conseguindo dar conta de cuidar do que já é de sua alçada, deverão autorizar ou não esses empreendimentos, os quais conseguem pressionar o governo federal o que diremos da pressão sobre o IBAMA, Instituto Chico Mendes e sabe-se lá qual setor mais.
Vejo que o fim de tudo isso é destruir grandes cavernas para a construção de Mc’Donalds.
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