Alessandra Costa (Keka), militante da UJS, foi indicada pelo PCdoB e deve assumir a secretaria de juventude da cidade de Marília, no próximo dia 16 de fevereiro. O anúncio da nomeação já foi feito pelo prefeito Mário Bulgareli, mas a criação da secretaria ainda precisa ser aprovada pela Câmara Municipal.
Keka teve importantes influências na sua formação dentro da militância política. A mãe foi atuante no sindicato de sua categoria e o pai uma das grandes vítimas do terror militar vivido na época da ditadura, período em que foi preso e torturado.
Keka teve importantes influências na sua formação dentro da militância política. A mãe foi atuante no sindicato de sua categoria e o pai uma das grandes vítimas do terror militar vivido na época da ditadura, período em que foi preso e torturado.
“Quando conheci a UJS, no Congresso da UPES em Indaiatuba no ano de 1998, fiquei instantaneamente apaixonada. Adorei o encontro, os jovens debatendo educação, a situação de suas escolas, os governos estaduais e o federal, entre outras coisas”. Para ela esse clima e as perspectivas de atuar organicamente frente às políticas públicas de juventude a contagiaram e a levaram a caminho da sua filiação na organização.
O debate sobre as PPJ´s ainda é recente e, de acordo com Alessandra, ainda há muito o que fazer. Ela conta que nos últimos 15 anos a juventude ganhou muito espaço na mídia, pesquisas acadêmicas e debates públicos e os dados do IBGE mostram que cerca de 50,5 milhões de brasileiros tem entre 15 e 29 anos o que gera muitas preocupações, mas também muita esperança.
"A preocupação se dá porque o Estado não está preparado para receber esse enorme contingente de jovens. A oferta dos serviços públicos ainda é insuficiente, o ensino médio e o mercado de trabalho não atendem a todos e o poder público tem pouco conhecimento sobre a realidade vivida pela juventude”.
Quanto aos avanços ela cita a realização da Primeira Conferência Nacional de Juventude como sendo primordial para a consolidação da visão de que a juventude não deve ser vista como um problema, mas sim, que ela deve ajudar a solucionar os problemas existentes. Sendo assim é essencial o investimento nos jovens para o desenvolvimento do país. “A criação de Secretarias de Juventude e as PPJ´s devem minimizar esse quadro e assegurar mais qualidade de vida, como acesso à educação, saúde e emprego á todos”.
Dois fatores foram fundamentais para a criação da Secretaria de Juventude em Marília. “Um deles diz respeito ao fato da juventude estar organizada e aguerrida e sempre está presente nas lutas nacionais e também na defesa dos direito da juventude mariliense muitas vezes atacados em administrações antidemocráticas”, conta.
Outro fator está diretamente relacionado à ascensão de um governo mais amplo e mais democrático na cidade. Nesse sentido o objetivo é consolidar a Secretaria de Juventude para que ela possa existir além desses quatro anos. “Queremos mostrar para toda a cidade a importância da PPJ. Para isso, nossa idéia é formar um grande Conselho Municipal, democrático e representativo que elabore e ajude na implementação das políticas públicas de juventude”.
Além disso, a idéia é levar para a cidade os programas e projetos do Governo Federal como o Projovem, Cultura Viva, Programa Juventude e Meio-ambiente, entre outros.
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