A juventude brasileira se prepara para escrever mais uma importante página de sua história. Reunidos em São Paulo, DCEs de todo Brasil deflagraram a campanha do 51º Congresso da UNE. Em São Paulo iniciaram-se as movimentações para o 9º Congresso da UEE-SP.
Momento privilegiado da discussão dos principais temas que envolvem a universidade, o Brasil e o mundo, a construção dos congressos da UEE e da UNE acontece na onda da campanha “Essa crise não é nossa! Queremos mais conquistas para a educação”. Milhares irão às ruas entre os dias 30 de março e 3 de abril exigir que a fatura da crise não seja cobrada dos estudantes e dos trabalhadores.
O momento é de mobilização. Nas escolas e universidades os estudantes se organizam para o ato do dia 30 de março. Nas universidades, as lideranças já preparam a construção do maior congresso da UEE de sua história. É em São Paulo que concentram as forças que irão antagonizar a cena de 2010 contra a onda popular que os movimentos sociais se preparam para conduzir. E o clima no movimento estudantil é de que mais uma vez os estudantes irão protagonizar esse momento.
Inspirada pela mote da radicalização da democratização do acesso à universidade, a UNE já deu seu aviso “Quando eu soltar a minha voz, por favor, entenda”, é o que já anda sendo estampado nos seus materiais. Assim a UNE garante que irá defender sua proposta de reforma universitária na Conferência Nacional de Educação.
É crescente a participação de lideranças no movimento “Da unidade vai nascer a novidade” que realizará a maioria das assembléias para eleição de delegados, que segundo a UNE chegará a duas mil universidades, mobilizando 2 milhões de estudantes pelo Brasil. Essa meta corresponde ao dobro do que a UNE mobilizou no seu último 50º congresso, quando 1 milhão de estudantes participaram do processo de escolha de delegados nas universidades brasileiras.
Em tempo de crise, no Brasil, a juventude reclama: Essa crise não é nossa! O movimento estudantil encara esse momento com o desafio de quem enfrentou mais de uma década de neoliberalismo e nos últimos anos deu sentido às mudanças que contrariaram os interesses dos setores da elite, que concentra sua hegemonia em São Paulo.
Foi na contramão desses interesses que a luta dos estudantes brasileiros foi protagonizada dentro e fora das universidades de São Paulo, como se demonstrou no encontro dos estudantes do Prouni, na ocupação do Largo São Francisco, na Jornada de Lutas, na realização de um amplo Conselho de Entidades Estudantis da UEE, na luta contra a privatização da CESP e no calendário de memória do ano de 1968, onde, em conjunto com o Ministério da Cultura realizamos um ciclo de debates, homenagem, além de oficinas e mostras de audiovisual e teatro na programação que rememorou a geração rebelde de 68.
Essa trajetória traduz a capacidade de um movimento combativo, que mesmo atuando no palco dominado pelos setores mais conservadores do País, manteve os estudantes em franco combate, sobretudo nas principais universidades particulares, cujo desafio se apresenta na tarefa enraizarmos nossa atuação.
Experiências como o CEE da UEE demonstraram uma pluralidade de um movimento capaz de entender que para organizar os estudantes é preciso falar para além dos que já estão atuando em uma entidade estudantil, o que além de politizador, torna o movimento mais plural e representativo. Nas ruas de São Paulo milhares de estudantes protestaram por mais verbas para a educação e comemoraram o cancelamento do leilão da CESP. Nas universidades privadas, nossa atuação na organização dos estudantes do Prouni, e na permanente luta por qualidade, democracia, acesso e pela regulamentação das mensalidades, imbuiu os estudantes dos elementos fundamentais para a defesa do projeto de reforma universitária, o que garantiu uma grande participação dos estudantes de São Paulo no 50º Congresso da UNE.
Entre a juventude, a noção é de que o mundo já é globalizado, o que justifica hoje o entendimento acerca do papel estratégico do Brasil no alinhamento com um projeto de integração da América Latina e sua aproximação com a comunidade dos países em desenvolvimento, porque as consequências da crise se abatem sobre todos os povos e sua superação é contra – hegemônica, porém de caráter global. Essa noção se mistura com a energia que acumulamos na luta por transformações mais profundas na sociedade e que nesse momento adquire uma roupagem nova. Nós somos o setor que estava certo quando realizou cada passeata contra a entrega do patrimônio nacional, quando resistiu à ofensiva do capital nas universidades e quando apoiou toda luta pelas reformas democráticas e estruturais do País.
Hoje, o temor do desemprego se abate sobre a grande parte dos estudantes que estão na universidade. A maioria deles tem mais de vinte e cinco anos, dos quais, muitos já têm filhos. A universidade é dos que querem torná-la guardiã do desenvolvimento e do progresso do País, dos trabalhadores e dos seus filhos. A juventude e os estudantes têm sede de lutar pelo Brasil.
O que nos cabe afirmar nesse momento é que somos a geração de 2010. Nossa trajetória demonstra que apesar das incertezas do porvir, chegamos até aqui e estamos em posição de combate. Diferente de momentos até recentes de nossa história, nos dias de hoje nossa luta não nos causa baixa. Somos maiores, em quantidade e em capacidade de conduzir nossa realidade para o patamar dos nossos sonhos.
Por Rafael Gomes, diretor da UEE SP
Momento privilegiado da discussão dos principais temas que envolvem a universidade, o Brasil e o mundo, a construção dos congressos da UEE e da UNE acontece na onda da campanha “Essa crise não é nossa! Queremos mais conquistas para a educação”. Milhares irão às ruas entre os dias 30 de março e 3 de abril exigir que a fatura da crise não seja cobrada dos estudantes e dos trabalhadores.
O momento é de mobilização. Nas escolas e universidades os estudantes se organizam para o ato do dia 30 de março. Nas universidades, as lideranças já preparam a construção do maior congresso da UEE de sua história. É em São Paulo que concentram as forças que irão antagonizar a cena de 2010 contra a onda popular que os movimentos sociais se preparam para conduzir. E o clima no movimento estudantil é de que mais uma vez os estudantes irão protagonizar esse momento.
Inspirada pela mote da radicalização da democratização do acesso à universidade, a UNE já deu seu aviso “Quando eu soltar a minha voz, por favor, entenda”, é o que já anda sendo estampado nos seus materiais. Assim a UNE garante que irá defender sua proposta de reforma universitária na Conferência Nacional de Educação.
É crescente a participação de lideranças no movimento “Da unidade vai nascer a novidade” que realizará a maioria das assembléias para eleição de delegados, que segundo a UNE chegará a duas mil universidades, mobilizando 2 milhões de estudantes pelo Brasil. Essa meta corresponde ao dobro do que a UNE mobilizou no seu último 50º congresso, quando 1 milhão de estudantes participaram do processo de escolha de delegados nas universidades brasileiras.
Em tempo de crise, no Brasil, a juventude reclama: Essa crise não é nossa! O movimento estudantil encara esse momento com o desafio de quem enfrentou mais de uma década de neoliberalismo e nos últimos anos deu sentido às mudanças que contrariaram os interesses dos setores da elite, que concentra sua hegemonia em São Paulo.
Foi na contramão desses interesses que a luta dos estudantes brasileiros foi protagonizada dentro e fora das universidades de São Paulo, como se demonstrou no encontro dos estudantes do Prouni, na ocupação do Largo São Francisco, na Jornada de Lutas, na realização de um amplo Conselho de Entidades Estudantis da UEE, na luta contra a privatização da CESP e no calendário de memória do ano de 1968, onde, em conjunto com o Ministério da Cultura realizamos um ciclo de debates, homenagem, além de oficinas e mostras de audiovisual e teatro na programação que rememorou a geração rebelde de 68.
Essa trajetória traduz a capacidade de um movimento combativo, que mesmo atuando no palco dominado pelos setores mais conservadores do País, manteve os estudantes em franco combate, sobretudo nas principais universidades particulares, cujo desafio se apresenta na tarefa enraizarmos nossa atuação.
Experiências como o CEE da UEE demonstraram uma pluralidade de um movimento capaz de entender que para organizar os estudantes é preciso falar para além dos que já estão atuando em uma entidade estudantil, o que além de politizador, torna o movimento mais plural e representativo. Nas ruas de São Paulo milhares de estudantes protestaram por mais verbas para a educação e comemoraram o cancelamento do leilão da CESP. Nas universidades privadas, nossa atuação na organização dos estudantes do Prouni, e na permanente luta por qualidade, democracia, acesso e pela regulamentação das mensalidades, imbuiu os estudantes dos elementos fundamentais para a defesa do projeto de reforma universitária, o que garantiu uma grande participação dos estudantes de São Paulo no 50º Congresso da UNE.
Entre a juventude, a noção é de que o mundo já é globalizado, o que justifica hoje o entendimento acerca do papel estratégico do Brasil no alinhamento com um projeto de integração da América Latina e sua aproximação com a comunidade dos países em desenvolvimento, porque as consequências da crise se abatem sobre todos os povos e sua superação é contra – hegemônica, porém de caráter global. Essa noção se mistura com a energia que acumulamos na luta por transformações mais profundas na sociedade e que nesse momento adquire uma roupagem nova. Nós somos o setor que estava certo quando realizou cada passeata contra a entrega do patrimônio nacional, quando resistiu à ofensiva do capital nas universidades e quando apoiou toda luta pelas reformas democráticas e estruturais do País.
Hoje, o temor do desemprego se abate sobre a grande parte dos estudantes que estão na universidade. A maioria deles tem mais de vinte e cinco anos, dos quais, muitos já têm filhos. A universidade é dos que querem torná-la guardiã do desenvolvimento e do progresso do País, dos trabalhadores e dos seus filhos. A juventude e os estudantes têm sede de lutar pelo Brasil.
O que nos cabe afirmar nesse momento é que somos a geração de 2010. Nossa trajetória demonstra que apesar das incertezas do porvir, chegamos até aqui e estamos em posição de combate. Diferente de momentos até recentes de nossa história, nos dias de hoje nossa luta não nos causa baixa. Somos maiores, em quantidade e em capacidade de conduzir nossa realidade para o patamar dos nossos sonhos.
Por Rafael Gomes, diretor da UEE SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário