
Siguissardi aponta ainda um outro documento do Banco Mundial apresentado em 1998, na Conferência Mundial sobre a Educação Superior, da UNESCO, reunida em Paris. A tese que iria certamente respaldar a abertura do mercado educacional de educação superior no Brasil à iniciativa privada ou à livre iniciativa empresarial. Trata-se da tese de que o ensino superior teria muito das características de um bem privado (World Bank, 1998).
Em decorrência, a legislação educacional moldada para possibilitar a mercantilização da educação, através da desregulamentação do setor privado, facilitou os processos de autorização de cursos, sem estabelecer exigências mínimas de qualidade. O resultado foi uma forte expansão na oferta de vagas e o aumento de matrículas no setor privado. É necessário destacar que, a mudança significativa mais evidente foi o modo como se deu esta expansão. Uma expansão fundamentalmente de instituições privadas, em sua maioria de pequenas faculdades e de universidades apenas de ensino. A grande expansão privatista ocorrida após a década de 1990 no Brasil deve ser compreendida neste contexto. (Peixoto/2009)
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