Carta do Socializando
A UJS-SP reunida na cidade de São Paulo para o seu Encontro Socializando
prepara o espírito de luta da militância para as batalhas de 2014, ano que terá
a Copa do mundo, o congresso da UJS e as eleições presidenciais como grandes desafios.
Vivemos no Brasil um ciclo vitorioso de mudanças na vida do povo
brasileiro e em especial da juventude, marcado pela elevação da renda das
famílias e pelas conquistas de direitos sociais, como a ampliação do acesso à
universidade, a expansão das escolas técnicas e a aprovação do estatuto da
juventude. Essas conquistas são fruto da luta dos movimentos sociais que
souberam aproveitar a oportunidade da chegada do campo democrático-popular no
governo e conquistaram mais direitos.
Mas a juventude quer muito mais! O Brasil precisa de mais
desenvolvimento, para conquistar sua independência tecnológica e produzir
riqueza para o povo. Precisa de mais progresso social, com distribuição de
renda e integração nacional. Precisa aprofundar sua democracia, valorizando a
participação popular e renovando as esperanças do povo nas transformações
sociais. Para isso, é preciso colocar na ordem do dia as reformas democráticas
como a Reforma política, dos meios de comunicação, urbana, tributária, agrária
e da educação.
Aprofundar as mudanças é preciso, e isso só será possível se São Paulo
entrar na rota das mudanças. Enquanto o Brasil vive bons ventos das conquistas
sociais, São Paulo segue sendo o símbolo do atraso, onde o neoliberalismo
encontra suas raízes há mais de 20 anos com os governos do PSDB. Isso significa
na educação básica o sucateamento da escola pública, com aprovação automática,
falta de estrutura e qualidade, fazendo com que as escolas se pareçam mais a
presídios do que ambientes de aprendizagem. No ensino superior, a privatização
e a exclusão é a marca em São Paulo, onde 86% da juventude tem que estudar em
universidades privadas, enquanto as universidades públicas se reservam somente
às elites. No transporte, a priorização do transporte individual e a exclusividade
dos investimentos das rodovias privatizadas, gera pedágios abusivos,
ineficiência e caos urbano.
Na segurança, a polícia militar extermina a
juventude negra e de periferia e reprime os movimentos sociais. Esses são
alguns exemplos da direção dos tucanos para o governo do estado de São Paulo
que precisa ser interrompida.
É na ruas, como fizemos em junho, que vamos arrancar os tucanos do
Palácio dos Bandeirantes e conquistar o Brasil dos nossos sonhos, por isso a
UJS convoca a sua militância para construir em unidade com os movimentos
sociais uma grande Jornada de Lutas em São Paulo. Vamos parar as escolas, as
universidades e as principais avenidas do nosso estado para avançar nas
mudanças necessárias.
A UJS lança também o seu congresso estadual, que será o maior de todos
os tempos, mobilizando 60 mil jovens para se filiarem à UJS. É preciso dialogar de forma ampla,
irreverente e combativa com o sentimento da juventude de participação política
demonstrado nas manifestações de junho, e assim apresentar a nossa organização
para milhares de jovens em São Paulo.
Para isso, o movimento estudantil tem
papel primordial, pois é através dele que falamos para milhares de jovens,
organizando nos grêmios estudantis e centros acadêmicos muitas lideranças. Mas
também é preciso ressaltar a importância das outras frentes de atuação da UJS,
que diversificam a nossa atuação tornando-a cada vez mais jovem e popular como
a frente do Hip-Hop, LGBT, Cultura e jovens trabalhadores. Destaca-se a isso
uma frente estratégica para a UJS que é a frente de mulheres, que têm ganhado
relevância na nossa organização e deve ter a atenção da nossa militância.
Os desafios são grandes, mas não maiores que os nossos sonhos e a nossa
disposição de lutar. Por isso, convidamos toda a juventude paulista para vir
com a UJS, declarando guerra aos tucanos para mudar São Paulo e conquistar o
Brasil que a gente quer.
Declare guerra a quem finge te amar!
São Paulo, 16 de fevereiro de 2014.
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