segunda-feira, 16 de março de 2009

Centenas de estudantes ocupam o Senado durante a Blitz da UBES pela Reserva de Vagas

Na manhã desta quarta-feira, 11, a juventude tomou conta do Senado Federal, em Brasília (DF). Com camisetas estilizadas, faixas e panfletos, centenas de estudantes de diversas regiões do País ocuparam o Senado para pedir a aprovação imediata do Projeto de Lei da Câmara nº 180/08, que reserva 50% das vagas em universidades públicas para alunos oriundos de escolas públicas.

Organizada pela UBES, a Blitz da Reserva de Vagas teve ampla cobertura da imprensa e contou com o apoio de diversos parlamentares, entre eles a senadora Serys Slhessarenko (PT-SC), relatora do projeto, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) e a deputada federal Manuela D'ávila (PCdoB-RS).

Durante a mobilização, o presidente da UBES, Ismael Cardoso, ressaltou a importância da aprovação da reserva de vagas como instrumento de inclusão de milhares de brasileiros que não conseguem entrar numa universidade.

"Não aceitamos mais ficar de fora da universidade. Viemos conversar com cada senador e pedir o seu apoio pela aprovação do projeto. O Senado precisa atender a um anseio da população, que apóia amplamente o mecanismo", explicou.

Após uma conversa com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), onde o projeto está tramitando, os estudantes seguiram para a sala do presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB-AM).

Recebidos pelo presidente, os estudantes pediram seu apoio para a aprovação da reserva de vagas. Apesar de se dizer favorável à medida, Sarney afirmou que, para que o projeto seja colocado em pauta, será necessário primeiro aprová-lo na CCJ.

A passagem pela capital federal foi finalizada com um ato, em que palavras de ordem como "Filho de pedreiro vai poder virar doutor", "Sou estudante, quero estudar. Reserva de Vagas Já!", chamaram a atenção dos parlamentares, funcionários e demais pessoais que passavam pelo Congresso Nacional. Vale ressaltar que a realização do ato só foi possível do lado de fora do Senado, já que somente um grupo menor foi autorizado a entrar e falar com os senadores.

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