sexta-feira, 12 de novembro de 2010

2-Formação para a o desenvolvimento produtivo regional 1º parte


O estado de São Paulo como a “locomotiva da economia brasileira” traz consigo exigências de proporções gigantescas. Somos responsáveis por 44% da riqueza industrial adicionada à produção nacional. Temos uma produção agropecuária responsável por 23% da nossa balança comercial, e um setor terciário responsável por 40% das folhas de serviços prestados no país, caracterizados como centros de excelência nas áreas voltadas para os serviços sociais em educação e saúde, forte integração com o setor produtivo no que concerne ao atendimento de demandas corporativas e uma rede de serviços pessoais e de comércio – aliado ao maior e mais sofisticado mercado de consumo do país – compatível com os padrões presentes em países desenvolvidos.

“A complexa infraestrutura de transportes da economia paulista conta com as mais modernas estradas do país, o Porto de Santos (responsável pelo embarque de 25% da balança comercial brasileira), os dois maiores aeroportos de carga do Brasil (Guarulhos e Viracopos), a hidrovia Tietê- Paraná, canal de escoamento de produtos agrícolas entre as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, e com uma malha ferroviária com cerca de cinco mil quilômetros de extensão, que se estende desde as margens do Rio Paraná até o Porto de Santos, administrada pelas concessionárias MRS Logística S.A. e a América Latina Logística – (Malhas Paulista e Oeste).

Na indústria de transformação somos responsáveis por 50% da produção nacional em nove setores: aeronaves; automobilística; biocombustíveis; borracha e plástico; farmoquímica e farmacêuticos; máquinas e equipamentos; material elétrico e; produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos.

O processo de industrialização da economia paulista, a partir do município de São Paulo, e seu transbordamento para sucessivas regiões do Estado conformam uma estrutura de rede urbana única no país, composta por três Regiões Metropolitanas, 11 Aglomerados Urbanos e 11 Centros Regionais. Esse complexo urbano soma 137 cidades que, em conjunto, respondiam por 88,0% do PIB e 80,5% da população do Estado de São Paulo, em 2007*.

A análise da economia paulista, sob a ótica da sua dinâmica espacial, apresenta uma hierarquia econômica semelhante à apresentada entre a economia brasileira e a paulista. Em outras palavras, a atividade econômica não se distribui de forma uniforme no território paulista. A partir do município de São Paulo e ao longo das rodovias Anhangüera – Bandeirantes, Airton Sena–Dutra, Castelo Branco e Anchieta– Imigrantes, forma-se um eixo de crescimento econômico responsável pela dinâmica econômica do Estado.

*A rede urbana paulista é formada por: Regiões Metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista; Aglomerados Urbanos de Araçatuba, Araraquara e São Carlos, Bauru, Guaratinguetá, Jundiaí, Limeira e Rio Claro, Moji Mirim e Mogi Guaçu, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba; Centros Regionais de Atibaia, Barretos, Botucatu, Bragança Paulista, Catanduva, Franca, Itapetininga, Jaú, Marília, Piracicaba e Presidente Prudente.

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